quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Vista à Pinacoteca

Nós nos encontramos na Pinacoteca. Nossa amiga Sabrina, do Corposinalizante, que trabalha como educadora especial para surdos, nos recebeu com atenção, bem educada, usando uniforme do museu e uma bolsa com jogos educativos.


Ela nos orientou à vermos a maquete tátil de implantação do prédio, somente para os deficientes visuais tocarem. Nós a observamos curiosos. A educadora nos mostrou apontando o antigo tijolo chamado "rústico" na parede do museu. Contou que o Ramos de Azevedo construiu a Pinacoteca, que iniciou em 1897 e terminou em 1905. Como receberam poucas verbas do governo, decidiram não construir a cúpula.


Fundaram com o nome de "Liceu de Artes e o Ofícios", que ofereceu cursos profissionais de pintura, escultura e decoração. Mais tarde, mudaram para "Escola de Belas Artes e Artes Dramáticas". Em 1980, a escola se mudou para o bairro da Vila Mariana e virou Faculdade de Belas Artes. Batizaram aquele espaço de "Pinacoteca", que significa "coleção da arte". Aumentaram o espaço, dividido em duas partes: acervo permanente e exposição temporária.

Quando acabou de contar, Sabrina nos levou para o elevador grande e moderno, que ajuda os deficientes físicos. Nós admiramos pela porta... quando o elevador abriu, vimos o caminho tátil bem colorido no chão, guiando os deficientes visuais.

Ela nos levou para a sala de esculturas e nos mostrou uma obra grande de bronze - a índia morta no mar. A escultura criada por Rodolfo Bernardell (1852 - 1931) buscou inspiração na lenda da índia Moema, que se apaixonou por um português branco que se casou com a irmã dela. Quando eles partiram no navio, Moema foi ao mar, nadou até tentar pegar o navio, mas morreu afogada.

Depois Sabrina nos mostrou outra escultura, de uma mulher abraçando um cisne, chamada Leda, feita por Lelio Coluccini (1907 - 1983). Fomos a outro salão de quadros, dividido em quatro salas: retratos, quadros de Almeida Junior, Classicismo e Modernismo. Ficamos na sala do pintor Almeida Junior, onde observamos muitos quadros lindos. Almeida Junior foi o pintor do imperador D. Pedro II.


Sabrina fez um jogo bacana conosco, o jogo das palavras - cada um de nós pegou um papel duro com uma palavra e fez uma relação da palavra com um quadro, a partir de uma expressão sentimental. Brincamos e foi bem legal, o tempo quase acabou... fomos com pressa para uma outra sala, do pintor negro Rubem Valentim, que pintava geometricamente com cores vivas.

Nos despedimos da Sabrina e fomos embora...


Texto: Luciana Yamamoto

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo trabalho Sabrina!

Foi um orgulho imenso ter descoberto uma pessoa como ela que a maioria nunca ouve falar da habilidade cultural dela.

Ela foi o fruto do meu crescimento profissional e do meu ague cultural.

Abraço,
Diogo Madeira