sábado, 1 de dezembro de 2012

Corposinalizante no 5º Festival ENTRETODOS

Está acontecendo em São Paulo o 5º Festival de curtas metragens "Entretodos" (do dia 29/11 até 02/12). Nestes dias de programação intensiva, o público diversificado poderá escolher o melhor filme, além dos jurados.

Nesta edição, o Festival, que tem como mote os Direitos Humanos, mostra filmes de até 25 minutos nos gêneros documentário, ficção, experimental e animação. Os filmes estão sendo apresentados simultaneamente nas 31 regiões metropolitanas, em locais como Céus, Centro Culturais de Arte e Juventude, Cineclubes, Cinemas, Presídios, Praças, Centros habitacionais e outros pontos de cultura.

O Corposinalizante está participando da mostra competitiva com o filme “Exército Jovem da Comunicação Libertária”! Torçam pelo nosso filme!

nosso filme divulga o Festival no jornal do Cambuci 
matéria completa no Jornal do Cambuci

Não assistiu ainda Exército Jovem da Comunicação Libertária? Veja aqui:



Veja aqui a programação completa do Festival e acompanhe nosso filme: Programação ENTRETODOS

Veja aqui uma matéria no ESTADÃO sobre o Festival: Começa hoje 5.° edição do Festival de Curtas Entretodos


Veja aqui uma matéria no Site da DERDIC: FILME COM EX-ALUNO DA DERDIC FOI SELECIONADO PARA MOSTRA COMPETITIVA DO 5° FESTIVAL DE CURTAS METRAGENS DE DIREITOS HUMANOS

sábado, 17 de novembro de 2012

ZAP! zona autônoma da palavra

Olá leitores e leitoras!

Já faz algum tempo que nós estamos pesquisando a relação da poesia com a língua de sinais. Neste caminho, temos frequentado alguns saraus aqui em São Paulo, como o ZAP! Zona Autônoma da Palavra, organizado pela atriz Roberta Estrela D'alva e o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.

O ZAP é uma batalha de poesias onde se apresentam verdadeiras feras! O sarau, que acontece no bairro da Pompéia, tem regras próprias e o vencedor da noite ganha uma pilha de livros, vejam nesse vídeo como a coisa funciona:



Nós fomos três vezes nos apresentar no ZAP com poemas em LIBRAS. Isso é uma novidade, tanto para a gente, quanto para o público e os próprios organizadores do sarau. Uma aventura para a Luana Milani, Leo Castilho, Felipe Lima, Lara Gomes, Maria Rita, que se lançaram no desafio junto com a intérprete Amarilis Reto. Dá muito frio na barriga, mas vale a pena! É lindo ver os corpos-vozes dançando poemas em sinais...

Nesses vídeos dá para ver a Luana declamando um poema feito por ela em Libras e Leo declamando "Exército Jovem da Comunicação Libertária", criado por Leo e Felipe Lima:





Aqui algumas fotos das nossas apresentações:



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Corposinalizante participa do Mixtoquente

Atenção pessoal!!!

O ateliê de arte Casadalapa, que fica no bairro da Lapa, em São Paulo, faz sempre um evento chamado Mixtoquente, que mistura exposição e festa.

O último Mixtoquente do ano será sábado agora e o tema é Espaço Público

O Corposinalizante vai participar do evento e mostrar seus 7 vídeos na exposição. Vai ser bem legal. Teremos uma sala especial, com uma Tv, para as pessoas sentarem tranquilas para assistir os vídeos. Muita gente vai no evento e é uma boa maneira de divulgarmos nosso trabalho para outros grupos, artistas etc.

O Mixtoquente começa as 17h e vai até as 3h. Custa R$15,00 para entrar.
Passem por lá para curtir uma festa, uma pista e trabalhos de vários artistas!

No flyer abaixo tem mais informações!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

visita ao Sarau do CCJ


No projeto Corpos-Vozes, estamos estudando e visitando Saraus de poesia de São Paulo. 

Em bares, praças e espaços culturais independentes, os Saraus juntam poetas, artistas, trabalhadores, transeuntes, ampliando a noção de espaço público. 

São círculos poéticos onde as demandas “do agora” de determinada comunidade, suas questões mais pungentes, são apresentadas, contrapostas e organizadas de acordo com suas vivências e experiências. A idéia de auto-representação é importante, tanto para cada comunidade representada, quanto para cada “autor-performer”. (Estrela D’álva, 2011)

Nos saraus, as demandas da comunidade surda e a performatividade da LIBRAS ainda são bastante desconhecidas. Inscrever a língua de sinais e a cultura surda nestes espaços tem tudo a ver com nossa necessidade de inventar e fazer circular outros imaginários e formas de compreensão de si e do outro, algo que o Corposinalizante tem tentado fazer desde o início.

Abaixo, fotos da gente visitando um Sarau que aconteceu no Centro Cultural da Juventude, em setembro. A Érika, a intérprete que nos acompanhou, mandando bem, apesar da dificuldade que é interpretar poemas!

E nos Pontos de Poesia, um mapa de todos os Saraus da cidade, com locais, datas e horários! Vem com a gente! :)








sábado, 29 de setembro de 2012

ESCOLA DE LIBRAS



Uma escola móvel de LIBRAS promove encontros entre diversas pessoas e línguas. Proposição de Luana Milani no projeto "Performances de Rua", Corposinalizante 2011.

EXÉRCITO JOVEM DA COMUNICAÇÃO LIBERTÁRIA



Membros do E.J.C.L. declamam seu manifesto poético em um ônibus da cidade. Proposição de Felipe Lima no projeto "Performances de Rua", Corposinalizante 2011.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

SUBGRAVE DA CIDADE



Videoclipe com performance corporal criada por Leonardo Castilho, a partir de vibrações produzidas pela cidade. Parte do projeto "Performances de Rua", do Corposinalizante, 2011.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Poemas que nos marcam

Dentro do projeto "Corpos-Vozes", estamos levando para nossos encontros algumas poesias que nos marcam. Estas poesias tem sido disparadoras de estudos da palavra ouvinte e da palavra surda. 

Vejam algumas:



Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

Cecília Meireles


*
Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo do depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas

Carlos Drummond de Andrade

*
Eu
Até agora eu não me conhecia
Julgava que eu era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia

Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... E não me via!

Andava a procurar-me-pobre louca!
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!

E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!

Florbela Espanca
Poemas (SP: Martins Fontes, 1996)


*
Dançarino da Pina Bausch interpretando "The Man I Love"
*

Qualquer coisa é a casa da poesia

Ela não escolhe tema, nem enredo, nem assunto,
Ela pousa onde lhe apraz

Adélia Prado

*
Terrorismo Poético

ESTRANHAS DANÇAS NOS SAGUÕES de Bancos 24 Horas. Shows pirotécnicos não autorizados. Arte terrestre, trabalhos- telúricos como bizarros artefatos alienígenas espalhados em Parques Nacionais. Arrombe casas mas, ao invés de roubar, deixe objetos Poético-Terroristas. Rapte alguém e faça-o feliz. Escolha alguém aleatoriamente e convença-o de que ele é herdeiro de uma enorme, fantástica e inútil fortuna: digamos 8000 quilômetros quadrados da Antártida, ou um velho elefante de circo, ou um orfanato em Bombaí, ou uma coleção de manuscritos alquímicos. Mais tarde, ele irá dar-se conta de que acreditou por alguns poucos momentos em algo extraordinário, & talvez, como resultado, seja levado a buscar uma forma mais intensa de viver.

Pregue placas comemorativas de latão em locais (públicos ou privados) onde experimentaste uma revelação ou tiveste uma experiência sexual particularmente especial, etc.

Ande nu por aí.

Organize uma greve em sua escola ou local de trabalho, com a justificativa de que não estão sendo satisfeitas suas necessidades de indolência & beleza espiritual.

A Arte do grafitti emprestou alguma graça à metrôs horrendos & rígidos monumentos públicos. A arte Poético-Terrorista também pode ser criada para locais públicos: poemas rabiscados em banheiros de tribunais, pequenos fetiches abandonados em parques e restaurantes, arte xerocada distribuída sob limpadores de pára-brisa de carros estacionados, Slogans em Letras Grandes grudados em muros de playgrounds, cartas anônimas enviadas a destinatários aleatórios ou escolhidos (fraude postal), transmissões piratas de rádio, cimento fresco...

A reação da audiência ou o choque estético produzidopelo Terrorismo Poético deve ser pelo menos tão forte quanto a emoção do terror: nojo poderoso, excitação sexual, admiração supersticiosa, inspiração intuitiva repentina, angústia dadaísta - não importa se o Terrorismo Poético é direcionado a uma ou a várias pessoas, não importa se é "assinado" ou anônimo; se ele não muda a vida de alguém (além da do artista), ele falhou.

O Terrorismo Poético é um ato em um Teatro de Crueldade que não tem palco, nem assentos, ingressos ou paredes. Para funcionar, o TP deve ser categoricamente divorciado de todas as estruturas convencionais de consumo de arte (galerias, publicações, mídia). Mesmo as táticas guerrilheiras Situacionistas de teatro de rua já estão muito bem conhecidas e esperadas, atualmente.

Uma requintada sedução levada adiante não apenas pela satisfação mútua, mas também como um ato consciente por uma vida deliberademente mais bela: este pode ser o Terrorismo Poético definitivo. O Terrorista Poético comporta-se como um aproveitador barato cuja meta não é dinheiro, mas MUDANÇA.

Não faça TP para outros artistas, faça-o para pessoas que não perceberão (pelo menos por alguns momentos) que o que acabaste de fazer é arte. Evite categorias artísticas reconhecidas, evite a política, não fique por perto para discutir, não seja sentimental; seja impiedoso, corra riscos, vandalize apenas o que precisa ser desfigurado, faça algo que as crianças lembrarão pelo resto da vida - mas só seja espontâneo quando a Musa do TP tenha te possuído.

Fantasia-te. Deixa um nome falso. Seja lendário. O melhor TP é contra a lei, mas não seja pego. Arte como crime; crime como arte.

(Capítulo de "Caos, os Panfletos do Anarquismo Ontológico", de Hakim Bey)

Corpos-Vozes



Olá queridos leitores!

Gostaríamos de lhes apresentar nosso novo projeto de pesquisa: “Corpos-Vozes”!


Desde o fim de 2010 já vínhamos discutindo as relações entre Língua de Sinais, performance, corpo e cidade. Com os nossos estudos, aprendemos que a Língua de Sinais é uma língua visual-espacial, que é, como diz Oliver Sacks, uma “gramaticação do espaço”. Fomos atrás de artistas e pensadores que têm na relação com o corpo a sua matéria prima de criação, como: Lygia Clark, Signmark, Os Dois Companhia de Dança, DV8, Marina Abramovic, Flavio de Carvalho, entre muitos outros.

A partir da percepção de que a Libras é uma língua performática e de que uma discussão que interessa surdos e não surdos é de “como o corpo fala”, “o que fala”, “para quem e para que fala”, passamos a perceber a “palavra” como uma forma de compromisso e de existência.

E o que pode surgir do encontro entre a “palavra surda” e a “palavra ouvinte”?

Esta é uma problemática que tem nos acompanhado e nos mobilizado. E, se quando falamos em palavra, em narrativa, em escrita, em sinais, em oralidade, falamos também na poesia, passamos então a estudar a “palavra poética”, lendo alguns poemas, estudando o que é a “poesia”, entendida de forma ampla, enquanto “instante poético”, enquanto inspiração, deslocamento.

Fizemos diversos exercícios de compreensão dos sinais enquanto “matéria de poesia” e enquanto “poesia visual”.

Lendo um artigo que saiu na Folha de São Paulo a respeito do movimento chamado de “literatura periférica”, no qual jovens de todas as partes da cidade escrevem poesia, publicam os seus próprios livros, criando também espaços de escuta e circulação dos poemas, os chamados Saraus periféricos, entendemos que esse é um movimento que também pensa na relação entre palavra, corpo, performance, cidade e política.

Os jovens engajados nesse movimento entendem o Sarau como um espaço de encontro e politização. Como dizem, é uma estratégia para mudar o imaginário a respeito do jovem, do jovem periférico, e também para mudar o seu próprio imaginário sobre si mesmo.

A partir disso, passamos a criar alguns poemas e a desenhar este novo projeto Palavra Surda Palavra Ouvinte, que agora está se iniciando, de encontro com esse movimento dos Saraus e participação nesses Saraus.

Nos parece potente a inscrição da LIBRAS e da cultura surda nesse espaço, no qual jovens urbanos, especialmente de São Paulo, discutem e realizam poesia a partir da idéia de criação de espaços alternativos para o encontro. Tem tudo a ver com os princípios do Corposinalizante e com a necessidade de inventar e fazer circular outros imaginários e formas de compreensão de si e do outro, a partir dessa situação de “margem”, algo que o grupo tem tentado fazer desde o início.

Abaixo, uma das poesia que criamos a partir das nossas discussões e que, em breve, será apresentada como performance em algum Sarau da cidade:

UMA POESIA VISUAL

(Arregaçar as mangas)

Para que serve a poesia?
Disponibilizar-se, disponibilizar-se, disponibilizar-se

Não ser deficiente, ser diverso, não ser deficiente, ser diverso
Não ser deficiente, ser diverso

Desconstrução da representação, linhas de fuga, comunicação
Vamos libertar as palavras

(Os padrões servem para vender os produtos)

Mas é o corpo a casa da poesia
E a poesia a minha morada
Não possuo palavras, sou palavra

(A magia vive nas palavras)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

CORPOSINALIZANTE CHAMANDO!

Olá pessoal!

O CORPOSINALIZANTE é um espaço de criação coletiva aberto a jovens que se interessam por Arte contemporânea, Corpo, Performance, Intervenção, Cidade, LIBRAS e Educação!

Em 2011 realizamos PERFORMANCES DE RUA e pesquisamos relações entre corpo, língua e cidade. Fizemos 3 ações na cidade que viraram documentários.

Este semestre continuaremos essa pesquisa...
Venham participar com a gente!

Data: quintas-feiras
Horário: 14h as 17h
Local: MAM-SP
Educaroras-artistas: Cibele Lucena e Joana Zatz Mussi
Educadora-intérprete: Amarilis Reto
Educador-assistente: Leo Castilho

Início: 16/08

Divulguem para toda a sua rede de amigos! Estamos esperando vocês! :)


Luana Milani na Performance de Rua "Escola de LIBRAS", Parque da Luz, 2011.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Venham para o CORPOSINALIZANTE 2012

Olá pessoal!

O CORPOSINALIZANTE é um espaço de criação coletiva aberto a jovens que se interessam por Arte contemporânea, Corpo, Performance, Intervenção, Cidade, LIBRAS e Educação!

Em 2011 realizamos PERFORMANCES DE RUA e pesquisamos relações entre corpo, língua e cidade. Fizemos ações interessantes nas ruas de São Paulo, que viraram 3 documentários curta-metragem.

Este ano continuaremos esta pesquisa! Venham participar com a gente!


Data: quintas-feiras

Horário: 13h30 as 16h30

Local: MAM-SP
Educaroras-artistas: Cibele Lucena e Joana Zatz Mussi
Educadora-intérprete: Amarilis Reto
Educador-assistente: Leo Castilho
Início: 15/03

Divulguem para toda a sua rede de amigos! Estamos esperando vocês! :)



Felipe Lima e Mariana Senne na Performance de Rua "Exército Jovem da Comunicação Libertária", Av. Paulista, 2011.