segunda-feira, 26 de abril de 2010
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e La Langue de Signes Française (LSF): Duas línguas e uma mesma questão
Mil Mãos para um Mundo
No mês passado, recebemos duas pessoas muito especiais em nossa reunião do Corposinalizante.
Pauline e Jessica, jovens surdas, moram na França e participam da equipe do projeto Mille Mains Dans un Monde (Mil Mãos para um Mundo/ tradução livre). Elas vieram para São Paulo por que estão visitando surdos da América do Sul.
Mil Mãos para um Mundo é um grupo de repórteres amadores surdos que vai ao encontro de pessoas surdas no mundo. Explorando diferentes estilos, culturas e estudando o lugar das línguas de sinais nos países visitados.
A gente conversou quase normalmente, como os surdos fazem. Mas, como isso foi possível?
Antigamente não existiam escolas para surdos no Brasil, obviamente, e nós ainda não usávamos nossos sinais próprios. A primeira escola de surdos no Brasil foi criada em setembro de 1857 (INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos) por Dom Pedro II, no Rio de Janeiro e teve como primeiro professor Ernesto Huet, um surdo francês que trouxe a Língua de Sinais Francesa.
O Professor usou os mesmos sinais da França (La Langue de Signes Française "LSF") para o ensino no Brasil, principalmente os sinais das letras e números. É claro que agora, após muitos anos, os brasileiros já têm a sua própria língua de sinais (Língua Brasileira de Sinais "LIBRAS"), mas alguns sinais ainda são parecidos, o que dá uma ligação especial entre os surdos brasileiros e franceses.
Para conhecer a postagem de Pauline e Jessica sobre nosso encontro e conhecer mais do projeto Mille Mains Dans un Monde, entre aqui:
Texto: Felipe Lima
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