segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Corpo no Cinema

Continuando nossa pesquisa no projeto "4 Performances de Rua", tivemos uma aula com o Pedro Fernandes sobre o corpo no cinema. A aula foi incrível e trouxe muitas referências bacanas pro nosso trabalho. Vejam aqui um resumo:

1894: Curiosidade dos fotógrafos – Edward Muybridge em relação aos corpos de animais e humanos:






Thomas Edson: cria som, cria imagem em movimento para acompanhar o som:




Irmãos Lumiére - “pais do cinema” – ao invés de experiência individual de imagem em movimento, criam experiência coletiva, imagem grande, alugaram porão, com tela no meio, cadeira dos dois lados, câmera parada, trem chegando na estação, todos acharam que era um trem de verdade e sairam correndo da sala, ainda não existia essa noção cultural, como se fosse 3D para eles, primeira ficção:




Na primeira sessão dos irmãos Lumiére, estava presente o George Mélies, um mágico-performer:




Mélies: contrabandeou uma câmera da Inglaterra e começou a filmar, colocava a câmera na rua, um dia estava filmando, passou uma ambulância, a câmera travou, quando reiniciou estava no lugar um carro fúnebre, teve o insight: edição, efeitos especiais, ficção científica. Mélies atuava, escrevia, filmava, sua mulher fazia as roupas:






Filme mudo, sem texto, sem som, músicas acompanham, mas não necessariamente tem relação com imagem, a imagem tem que dar conta, assim como o corpo, o gesto...


Primeira versão de Alice (1903): legenda antes da cena, explicação do que vai acontecer, contemporâneo ao “viagem à lua”, corte cinematográfico:




Maya Deren – cinqüenta anos depois... Hoje em dia considerada artista do âmbito da performance, filmes mudos, trilha feita depois, imagem tem que falar por ela mesma, som percursivo, meio Hollywoodiano, espaço cinematográfico: espaço é o mesmo, mas parece um labirinto, ponto de vista meio imaginário:






Hélio, filmado por Ivan Cardoso, a obra do Parangolé – interessante observar como o corpo ocupa o espaço da câmera, “incorporação do corpo na obra e da obra no corpo”. Uma ótima referência para o "Super Libras" do Leo:



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