I. Para o primeiro filme, pensamos no tema “identidade”.
A idéia é convidar um grupo de surdos de diferentes idades, com experiências diferentes, a participar de um círculo de histórias de vida (metodologia que aprendemos no Museu da Pessoa).
Pensamos em filmar o círculo e as histórias e, na edição, misturar esses planos com outros mais subjetivos, que tenham a ver com a Libras (Lingua Brasileira de Sinais). O filme será enriquecido com sons da língua de sinais e vibrações. Propomos captar histórias de vida que tragam à tona muitas dimensões da identidade.
Questão: Como traduzir vibração, áudio, imagens para sensação? Áudio para vibração?
Em uma roda de conversa, os outros grupos de artistas que estão participando conosco deste processo (As Rutes, Política do Impossível e Afrofuturismo) nos deram algumas contribuições:
- Ver o documentário Aboio como referência;
- Os próprios personagens do círculo de histórias devem criar imagens poéticas para traduzir suas sensações;
- A Libras é quase uma dança, nela já se encontra a potência do movimento;
- Rastros de imagem;
- Considerar os sons específicos da Libras;
- Ter o grupo Barbatuques como referência;
- Seqüência do filme Santiago como referência;
- Criar um contraste no filme, misturando silêncio e som;
- O que o surdo ouve? Pode ter a ver com o círculo de histórias, com fragmentos das histórias que ouvimos, fragmentos da cidade, usar imagens com o som que os surdos ouvem;
- Tirar o aparelho de surdez pode ser recurso interessante para fazer o contraste;
- Cinema mudo: como produzir cinema sem som;
- Outras formas de expressão gestual;
- O corpo como olho da câmera;
- Quão rico e belo é este diálogo com o mundo – cuidar para que beleza não se transforme apenas em esteticismo;
- Cuidado para não fetichizar, deve ser um trabalho de auto-representação dos jovens surdos do corposinalizante;
- Estudar poemas em Libras.
II. Para o segundo filme, pensamos em realizar uma intervenção artística de surdos na rua. Neste caso, nosso tema seria “Epifania”.
- Aproveitar experiências que já temos com intervenção;
- Levantar histórias interessantes que surgiram no primeiro filme (círculo de histórias) e transformar em intervenção na rua;
- Epifania: grandes encontros, insights;
- Revelações.
Questão: como fazemos isso filmando?
Cibele Lucena
Um comentário:
Olá galera!
Meu nome é Juliane, sou educadora no Museu da Lingua Portuguesa e participei de uma reunião hoje no MAM para divulgação de seus projetos, inclusive este blog.
Quero parabenizr a todos pelo trabalho, espero que esta semente se espalhe e estamos juntos nessa luta.
Aproveito para fazer a propaganda do blog do museu da lingua: www.museulinguaportuguesa.blogspot.com
e do meu também: www.aventurasdoastro.blogspot.com
Deixo o meu e-mail: suemybysuemy@yahoo.com.br
Vamos manter contatos!
Abraços
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